8 de novembro de 2010

Participação Especial: Faça valer os seus direitos!

Hoje a pauta seria minha, Mami Keka, mas resolvi trazer sempre algumas participações especiais. A pauta de hoje é de autoria da queridíssima Michelle Ap. Aguiar que tive o prazer de conhecer aqui em nosso blog. Ela é uma de nossas assíduas leitoras e quis dividir conosco sua história. 

Michelle é dona do blog http://nomundodamel.blogspot.com, é uma mãe dedicada, casada, tem 26 anos e gosta de fazer amizades mesmo que seja no mundo virtual, adora trocar experiências sobre este mundo novo de ser mãe!!!! E hoje ela vem nos contar uma história triste que aconteceu com ela no momento do parto em um  hospital público. Vamos conhecer sua história?
 
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Foto: Mami Keka, Arthur e o papai Ricardo
  

michele
 
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Olá meninas, queria compartilhar com as futuras mamães algo que aconteceu comigo e que eu não gostaria que acontecesse com ninguém.
 
Passei por uma experiência muito ruim no meu parto, no dia em que a Melissa minha filha nasceu, cheguei ao hospital bem antes da cesária marcada, estávamos eu, minha mãe e meu marido no quarto aguardando quando, pela informação da outra mamãe que estava no quarto, porque era quarto coletivo, soube que meu marido seria impedido de entrar comigo no centro cirúrgico. Logo, fiquei sem entender porque minha médica não havia me dito nada, rapidamente perguntei para uma enfermeira se ele poderia entrar, e ela disse com tom de otimismo: é só conversar com sua médica que ela “conversa lá” e autoriza.

Então me tranqüilizei, pensando, tudo estará resolvido!!! 

Mas não foi o que aconteceu, meu parto foi adiantado e minha mãe entrou no quarto com meu marido dizendo: Ele já conversou com a sua médica e realmente não vai poder entrar com você, e assim, a enfermeira já veio me buscar para o parto. 

Eu fiquei super nervosa com aquela situação, meu marido também ficou muito triste, claro que ele não deixou transparecer naquele momento, mas sei que era um momento que ele sonhava também, várias vezes durante minha gravidez ele me contava que ficava só imaginando eu na mesa do centro cirúrgico e a hora que a nossa bebezinha estivesse nascendo que seria muita emoção. 

Esse momento nos foi tirado como se eu estivesse lá para fazer uma cirurgia qualquer sem a menor importância, claro que eu fiquei super nervosa e fui para ter minha filha chorando muiiiito não conseguia me acalmar, aquele momento era único nas nossas vidas,o pai também tem os seus direitos. Bom, o fato é que só depois que minha filha nasceu é que a levaram para meu marido conhecê-la, ele acompanhou todos os procedimentos seguintes ao parto, mas não é a mesma coisa. 

Só depois infelizmente fiquei sabendo que é lei, toda gestante tem o direito de ter um acompanhante no parto e pós parto, este acompanhante pode ser o marido, a mãe ou seja, qualquer pessoa, não precisa nem ser parente, é a lei nº 11.108 de 2005 e uma Resolução Normativa da Agência Nacional de Saúde também obriga os planos de saúde a incluírem a cobertura do acompanhante neste período. 

Não pude ter nenhum acompanhante também durante a noite comigo, a Melissa nasceu por volta de cinco da tarde, foi uma noite difícil porque eu não podia levantar e a minha neném ficou comigo a noite toda, me senti muito insegura. 

Os hospitais também não podem cobrar nenhuma taxa, por isso mamães façam valer seus direitos na hora do parto que é um momento único!!! 

Quero agradecer a mamãe Keka pela oportunidade , grande bjo a todas.


KEKA copy Nós é que agradecemos por sua participação e por seu relato, tenho certeza que muitas mães não conhecem este direito e agora poderão lutar por ele graças à sua pauta! É absurdo um país onde não sei respeita os mínimos direitos das gestantes! Estou preparando uma pauta sobre como a saúde é tratada em outros países, vocês ficarão abismadas em saber que existem países que tratam as gestantes de forma bem pior do que no Brasil, assim como, outros países que tratam as gestantes e recém mamães com muito luxo e tudo de forma gratuita. Mas isso é assunto para outro dia! Obrigada mais uma vez pelo relato e venha sempre!

Caso você queira participar, basta enviar um e-mail para testdrivecontact@gmail.com com o assunto “Pauta” e quem sabe sua matéria não possa ser publicada aqui em nosso blog? Já pensou? Participe!

2 Comentaram - COMENTE AQUI:

Confissões de uma mãe de primeira viagem disse...

Conheço a Michelledesde a gravidez,e o que ela passou foi o mesmo que eu.Sendo que ganhei em hospital público,e lá eles não respeitam leis nenhumas,inclusive eu levei a lei impressa e mesmo assim o médico proibiu a entrada do meu esposo.Assim como ela fiquei muito chateada,triste, e creio que isso tenha contribuído para todo meu episódio de baby blues e tristeza pós parto,pois foi muito traumático não ter a presença do meu marido no momento mais importante da nossa vida, e tmb não pude ter acompanhante no dia!
Infelizmente muitos hospitais não respeitam a lei.Mas é um direito!!!
bjs amei a pauta

(Mamãe) ~Pinel disse...

Kekaa! Que foto linda esta do seu parto! =D
Eu nem tirei foto, só uma tremida, e a filmagem do médico me entregando minha princesa! hehehe Estávamos bobos olhando para ela que nos esquecemos de registrar! Ficou só na memória.

E, Mih, poxa vida, não sabia que isso tinha acontecido com você! Nossa.. eu me recusaria a entrar para a sala de parto sem alguém para me acompanhar. Uma pena mesmo que isso tenha acontecido. Na verdade, eu teria ido mais longe, e jogado um processo em cima do hospital, podia demorar, mas daria uma boa dor de cabeça para eles! =/
Mas, ainda bem que aconteceu tudo bem na cirurgia em si. Parabéns, não me canso de dizer que a Mel é linda né??

hehe

Beijo!

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