12 de junho de 2011

E depois dos filhos…

Você já parou pra pensar em como mudou sua vida depois da chegada dos filhos? Hoje é Dia dos Namorados e o Test Drive Mami não podia deixar de falar deste assunto. Muitas mães reclamam que a vida conjugal muda muito depois da chegada dos filhos, e não são só as mães que reclamam não, a maioria dos papais também faz suas queixas. Para falar disso quero contar um pouco da minha experiência.

Nós estávamos juntos há 5 anos, nos conhecemos em um final de ano e 2 meses depois juntamos as escovas de dentes. Coisa de amor à primeira vista mesmo. Um ano depois nos casamos na igreja com véu e grinalda e claro, uma trilha sonora bem rock n´roll!

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Há muito tempo eu cobrava uma gravidez, já estávamos a alguns anos juntos e eu sentia falta disso. Enfrentei um dos momentos mais difíceis que foi descobrir a Endometriose mas felizmente em setembro de 2009 eu estava grávida, um mês depois da Laparoscopia para contrariar todas as regras. Arthur chegou no inverno, em 16 de junho de 2010. Para mim foi mais do que amor a primeira vista, eu realmente descobri o que era amar alguém de verdade e de forma incondicional. Podemos amar muitas vezes na vida mas amor de mãe e filho é algo completamente diferente.

Meu marido e eu sempre tivemos muito diálogo mas a chegada do nosso bebê fez tudo mudar. Me vi cuidando de um bebê totalmente indefeso sozinha. Levantava todas as madrugadas, com dores nos pontos da cesárea, esgotada, mas eu estava ali, sempre. Enfrentei uma depressão pós parto tardia, descobri quando meu filho tinha 6 meses de vida e meu marido resolveu ser pai realmente quando o pequeno já estava com pouco mais de 9 meses. Não sei dizer o que realmente aconteceu, talvez por medo e insegurança ou simplesmente por achar que eu seria capaz de fazer tudo sozinha, porque nós temos a mania de tentarmos mostrar que somos muheres maravilhas mesmo.

Hoje em dia as coisas mudaram, a paternidade por aqui é extremamente ativa mas e a vida conjugal, como fica depois dos filhos? Muitas famílias passam por estas mudanças quando um ser pequenino chega da maternidade e simplesmente não sabem o que fazer, eu pelo menos tinha diálogo mas cometi muitos erros. Mas escrevendo este post acabo de ter uma discussão completamente sem fundamento, ou então somente movida pelo fato de sentir falta de um pouco de companheirismo ou afeto. Certas coisas realmente mudam com o tempo…

 

amar-e-copy

 

Eu ia falar sobre um livro de Gary Chapmam (“Como reiventar o casamento quando os filhos nascem”) mas confesso que o livro não me trouxe nenhuma novidade. Ultimamente ando desistindo de coisas que há muito tempo venho lutando para darem certo, a verdade é que o melhor é seguir em frente e dar razão ao que verdadeiramente vale a pena.

Ninguém pode estar 24hs a disposição de alguém sem se esgotar emocionalmente ou fisicamente, o fato é que você precisa de um tempo só seu. Vá ao cabeleireiro, pinte as unhas, saia um pouco de casa, tenha um tempo só seu e deixe seu filho com outro responsável, mas organize-se para ter um tempo só seu. É imprescindível que você tenha estes momentos porque não há casamento que dure assim.

Aliás, me pego assistindo a filmes e desejando a vida dos personagens e a verdade é que a vida não é um conto de fadas e que não há final feliz quando não há mais os mesmos sentimentos e metas. Quantas de nós se sentem assim? Quantas de nós se engana? Eu penso que ganhei um filho, muito amado e muito querido mas perdi um companheiro, simplesmente porque ele não quer caminhar junto. Será que os homens no fundo sentem ciúmes? Qual a dificuldade de caminhar juntos?

É necessário que o filho se sinta amado pelo pai e pela mãe e é necessário que possamos caminhar juntos, eu ainda tenho esperança, ainda luto mas até quando? Porque estou falando isso? Porque a gente se esconde atrás de regras e imposições e de repente tem medo de dividir nossos sentimentos. Se estou preocupada com o que vão pensar. Não, não estou, estou definitivamente me perguntando se foi realmente isso que eu quis pra mim, e te respondo neste momento: sim. Por mais que as coisas sejam dificieis não me arrependo de nada que fiz e sei que um pouco de paciência é necessário mas sei também que o amor é capaz de tudo modificar e se em dias ou noites passemos por momentos difíceis sei que isso tudo vai passar.

Por isso, feliz Dia dos Namoridos meu amor…

6 Comentaram - COMENTE AQUI:

Jana disse...

Que Lindo!! Maridão de sorte hein Keka!!
Concordo contigo, temos que reiventar e nos reiventarmos tbm rsrsrs...BjOS no S2...E Feliz Dia dos Namoridos!!

Bianca disse...

Que texto maravilhoso, amiga! A vida a dois muda mesmo (e muito) com a chegada dos pequenos. Nós mulheres, fomos "criadas" para dar conta de tudo e de todos. Mas nos dias de hoje as exigências aumentaram e nós mesmas nos cobramos muito tb. No fim, nunca acaba como num conto de fadas, mas se tiver amor e respeito, a gente supera todas as dificuldades. Torço por vcs!♥

Carol disse...

Keka, vc disse de uma forma singela e sincera, tudo o que eu também penso e estou passando. Ganhei uma filha linda e perdi meu companheiro... Até qdo será assim? Não sei... Só sei que a minha filha sozinha é capaz de me fazer a pessoa mais feliz desse mundo!!! Lindo texto, parabéns!!! Bjos.

Gabriela Grande Vieira disse...

lindo lindo lindo...fiquei super emocionada...é oq esta acontecendo cmg no momento, mais no meu caso um pouco diferente, não casei, moro com meus pais e a situação esta meio complicada por aq...=/...mais sei q Deus olha por nós...

Lele disse...

AH Kekinha!
É isso mesmo! Muda muito e não adianta pintar um conto de fadas... alguns casais de encaixam/adaptam a nova rotina novamente mais rápido que outros, mas tem casais que não se acertam nunca mais... talvez por comodismo ou por achar que não tem mais jeito ou, pior, por falta de amor mesmo...
Torço por vocês, sempre!
beijo enorme

Vânia Porto disse...

Putzzzzzzzzzz eu escrevi um texto aqui e sumiu :'( cryyyyyyyy

Bom... e lá vamos nós... kkkkkk

Sou a Vânia, amiga da Mitia, já nos falamos poucas vezes, por blog ou e-mail, lembra-se?

Então... estou grávida de 4 meses, ñ sei se sabe...

E achei o assunto desse post muito pertinente, a quem teve bebê há algum tempo e ou como eu, que terá logo.

Tenho lido na net da vida, que alguns casais se separam mais até o primeiro 5º ano da criança e tb em conversa com amigos eles já me disseram que ter filho é uma das provas de fogo da relação, principalmente para o homem, que para ele é muito mais difícil de aprender lidar com a nova situação da relação, kd qual com seu motivo, mas o fato é que realmente é mais complicado para eles, nesse momento eu penso, mas pq, se somos nós mulheres, quem geralmente temos de lidar com o bebê em tempo integral... mas será que nós mulheres tb ñ supervalorizamos oque fazemos e minimizamos o q eles sentem a respeito... sei lá... teoria...

Medo? Sim, tenho medo, afinal eu amo quem escolhi para estar ao meu lado. Se não me irrito com ele? Sempre...kkkkkkkk Mas isso ñ quer dizer que não haja amor, que não queira estar junto, afinal, só nos irritamos, nos magoamos, com quem nos importamos.

Kd casal é um caso específico, mas penso sempre que enquanto houver amor, a relação existirá.

bjssss

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