24 de maio de 2012

Linguagem Dunstan dos bebês

O bebê chora. Mãe, pai, avós, todos se prostram ao lado do recém-nascido em busca de um sinal que identifique o choro. Cada um dá um palpite diferente. Tenta-se de tudo: colo, peito, chupeta, arroto, fralda, roupa, sono. Até que a criança para de chorar, e Deus sabe o porquê.





Durante 9 anos, ela observou outras crianças e percebeu que os padrões de choro eram os mesmos em qualquer cultura. Daí surgiu a “Dunstan Baby Language” – Linguagem Dunstan dos bebês. 

Sabemos que os bebês, desde o nascimento, informam suas necessidades por gestos e sons, que com o tempo (muito tempo) são decifrados pelos pais. Enquanto seus desejos não são realizados, o choro se torna mais forte, e o bebê fica cada vez mais irrritado. No entanto, se os pais suprem essas necessidades rapidamente, o bebê fica mais calmo, e o vínculo entre eles se torna mais íntimo e mais estreito.


A tal linguagem parece funcionar desde o primeiro minuto de nascimento, pois ela é baseada nos instintos e reflexos do bebê. O que pode demorar algumas semanas é a interpretação desses sons. Mas, com o treinamento adequado, pais e cuidadores estarão cada vez mais aptos a entender os sons.

P. Dunstan classificou o choro em 5 tipos: fome, sono, desconforto, arroto e cólica. Esses choros são produzidos pelos reflexos da necessidade de sobrevivência do bebê e se fazem presentes até o 3º mês. Se os cuidadores do recém-nascido aprenderem a identificar suas necessidades nesse tempo, o bebê passa a manter o padrão do choro por um bom tempo, já que assim ele consegue transmitir o que quer. Caso contrário, a criança tende a se irritar e ter um comportamento mais agitado por não ter suas necessidades atendidas.





Basicamente, o programa descreve os choros da seguinte forma:


Neh – choro de fome, pois a língua vai ao céu da boca, imitando o reflexo de sugar.

Owh – choro de sono, com a boca bem ovalada, imitando o reflexo de bocejar, esfregando os olhos e/ou as orelhas.

Heh– choro de desconforto, geralmente acompanhado de agitação, suor (se calor) ou mãos e pés gelados (se frio). Pode também ser a fralda, a posição.

Eairh – choro de gases, forçando bem o abdômem, dobrando as perninhas e fazendo caretas.

Eh – choro de arroto, como se quisesse colocar o ar para fora. Fica com o peito mais rígido e se contorce quando de bruços.

Parece tudo muito fácil, mas os sons são muito parecidos, e só treinando bem os ouvidos para distingui-los. Depois de utilizá-lo, 90% das mães aprovaram o método, que também conta com instruções sobre a rotina do bebê e oferece uma tabela para que se anote o que o bebê fez ao longo do dia.

A verdade é que o negócio virou uma febre depois que a desenvolvedora do método falou sobre ele no programa da Oprah. Para saber mais, visite a página do programa ou a do canal GNT que mostrou uma reportagem sobre isso num programa superbacana para mães.

Mas fica aqui a minha dúvida: e o choro de colo, de querer afeto? Não entra aqui não? E quando a criança aprende a fazer manha? Vou me informar a respeito e depois conto para vocês!

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