11 de junho de 2012

Detalhes tão pequenos de nós dois - Parte 2 (final)


Olá mulheres, mamães e guerreiras,

Hoje vou dar continuidade ao texto “Detalhes tão pequenos de nós dois – Parte 1”, se você não leu, veja aqui.

Contei algumas coisas sobre os meus três primeiros meses de gravidez e também, algumas curiosidades dessa época. Agora vou falar sobre o restante.

Do terceiro ao sexto mês de gravidez não sofri grandes mudanças. Aliás, a minha barriga, que antes parecia apenas uma gordurinha a mais, passou a tomar forma e ficar mais redondinha, mais pontuda, com mais “cara” de gravidez. E daí, começaram a me dar lugar no metrô, no ônibus e por aí vai. No começo fiquei super tímida, porque me considerava uma aproveitadora, mas depois vi que era um direito meu ir sentadinha, quietinha, sem correr o risco de um tonto da vida bater na minha barriga e me machucar, ou pior, machucar minha princesinha. Descobri que era uma menina com quase quatro meses de gestação e isso foi um perrengue só.

A princípio eu não queria menina. Primeiro porque em casa já éramos oito mulheres e depois, porque pensava em todo o sofrimento que ela passaria com corrimentos, cólicas menstruais, amores... Chorei muito! E até me conformar com a idéia de ter uma menina demorou cerca de uma semana. Depois acabei aceitando e querendo, e imaginando como seríamos amigas, companheiras de passeios etc.

Mas o momento mais mágico foi quando eu senti a primeira mexidinha da bebê. Tão estranho, tão engraçado. Senti como se uma minhoquinha, ou borboletinha estivesse lá dentro. Ou pareceu um arranhão. Não dá para explicar muito bem, mas foi mais ou menos isso. E até os sete meses só eu sentia, não dava pra ver ou sentir colocando a mão na barriga. Era algo leve e só meu e dela. Depois começou a ser visível e as pessoas sentiam os chutes e cotoveladas da pequena. Mas só quando ela deixava, porque mesmo na barriga essas pessoinhas já possuem vontade própria, rs.

Não tive uma fome tão grande até o sétimo mês, depois descambou. Até esse momento só tinha engordado oito quilos, que dobraram até a 36ª semana. Inchei demais, fiquei uma monstra, rs. Mas estava feliz!

Olhe eu aqui com 35 semanas e quatro dias. Uma semana antes do nascimento da Luiza!

Sexo foi bom, interessante e freqüente até o oitavo mês. Porque daí pra frente, quase morri, rs. Teve uma noite que senti tanta falta de ar, que me deu até desespero. Meu coração só faltava sair pela boca. Mas tudo isso aconteceu antes mesmo do clímax. Daí paramos, claro... vai que eu tivesse um treco, né?

Trabalhei até quatro dias antes de a Luiza nascer. Como disse, inchei muito, meu pé parecia um pão. Mesmo usando meias próprias para conter o inchaço, sentia muito cansaço nas pernas. E então, vim trabalhar na quarta-feira 24.11.2010 e passei mal com falta de ar. Fui ao médico que disse que minha barriga estava muito grande para 36 semanas e que ou minha filha era enorme, ou eu estava com muito líquido amniótico.

Ele me deu licença de dois dias e pediu pra eu descansar com as pernas para cima, aproveitando o final de semana. Eu voltaria a trabalhar na segunda-feira (29). Maaaaaas não foi bem assim.

No domingo 28.11.2010, com 36 semanas e quatro dias, fui almoçar na casa da vovó e logo após o almoço, sentei no sofá para descansar. Estava um pouco preocupada, porque a Luiza só tinha mexido um pouco de manhã, logo após o café e até aquele momento não tinha mexido mais. Eis que, às 14h40, senti um “TUC” e uma água quente escorreu molhando todo o sofá.

Então eu disse:
_ Gente, socorro, acho que minha bolsa estourou!

Meu marido, que estava deitado no chão, saltou e arregalou o olho. Pensou que fosse brincadeira, mas na hora que viu que tudo estava molhado, começou a correr igual barata tonta. Aliás, ele, minha irmã e minha mãe, que eram os que estavam em casa na hora. Já eu, calmamente, peguei o celular, liguei para minha G.O. e falei o que tinha acontecido. Recebi orientações e falei pra me levarem pro hospital.

Outro dia eu conto como foi o meu parto.

Mas minha gravidez foi basicamente isso. Tive fortes emoções com a perda da minha sogra e pelo fato da minha sobrinha de três anos ter ficado internada com meningite. Mas superei tudo sem traumas.

Curti bastante minha gravidez, mesmo com a correria do dia a dia. Fiquei com um probleminha de coluna, mas tudo bem, a gente deixa isso pra lá. O amor que sinto pela minha filha, compensa qualquer dor.

Problemas acontecem, dúvidas surgem, medos aparecem, mas são apenas fases. Que até passam, mas nunca acabam, viu? É um ciclo, que superamos, ganhamos, perdemos e ganhamos de novo.

É a vida!

Bjocas e até +


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