27 de fevereiro de 2012

O brincar e o desenvolvimento infantil (parte 1 de 3)

Juntar mamães para um bate-papo sobre desenvolvimento motor e psicológico do bebê já parece uma boa ideia, não? E se contar com a participação de profissionais renomados na área fica melhor ainda. Pois foi isso que a Pampers organizou no último dia 15!

Além de poder refletir, discutir e aprender mais sobre o desenvolvimento de nossos filhotes, pudemos botar o papo em dia com as amigas do Mamatraca e do Portal das Arábias.

Pampers

A partir de hoje, iremos postar uma sequência de textos com base nas discussões que cada profissional levantou durante o evento, com mediação da mãe e apresentadora Chris Nicklas.


 Então, vamos começar nossa mesa-redonda virtual com algumas colocações da Dra. Maggie Redshaw sobre o brincar.

 A importância do brincar para o desenvolvimento psicomotor da criança

Maggie_BradshawNão há uma idade certa em que a criança começa a brincar. Na realidade, nos primeiros meses de vida, o brincar se mistura muito com os reflexos aos estímulos externos, como sons, imagens e luzes. Com a maturação de seu sistema neurológico, a criança passa a identificar tais estímulos como fontes de prazer e busca a diversão neles: tenta pegar um móbile, reage à voz da mãe, tenta imitar expressões faciais, etc.

Brincando a criança se diverte, vence obstáculos, desafia seus limites, gasta energia, desenvolve a coordenação e o raciocínio, adquire confiança em si mesmo e, assim, vai se desenvolvendo.

É para e pelo brincar que a criança sustenta o pescoço para ver um objeto, aprende a rolar, senta com e sem apoio, engatinha, fica em pé com apoio, anda se segurando e então aprende a andar. E o brincar nada mais é do que tentar imitar o que os outros ao seu redor fazem. Para isso a repetição é a chave do aprendizado dos bebês. Por isso eles repetem tanto algumas ações, como arremessar um brinquedo no chão, chacoalhar um objeto, andar pelo mesmo percurso.

Também é importante deixar os pequenos brincarem livremente, sem nossa intervenção, para que possam criar brincadeiras sozinhos, desenvolvendo a criatividade e a imaginação. Vale lembrar que supervisionar a brincadeira é diferente de brincar junto. Obviamente a criança precisa de momentos de brincadeira com os pais, mas deixar a criança descobrir sozinha o mundo em que está é extremamente interessante para seu desenvolvimento psicológico e motor.

A criança precisa se sentir segura para arriscar novas brincadeiras. Sem se sentir protegida e ciente de que se algo acontecer alguém vai ajudá-la, ela não dá um passo à frente. Ambientes que geram estresse são prejudiciais ao desenvolvimento psicomotor do bebê, o que quer dizer que pais extremamente protetores causam o mesmo prejuízo que pais negligentes.

Terceirizar o brincar a cuidadores (creche ou babá, por exemplo) não substituem o estímulo da mãe, pois brincar também depende do vínculo afetivo, da segurança da figura materna, afinal de contas, o rosto e o seio materno foram as primeiras fontes de prazer e de brincar.

E brincar não envolve apenas brinquedos estruturados – aqueles que compramos em lojas. A brincadeira surge com qualquer objeto, em qualquer situação, só é preciso estímulo. Tanto é que nossos pequenos muitas vezes se encantam mais com as fitas e o embrulho do que com o conteúdo do presente.

E você, mamãe que está curtindo nossa série de textos, já proporcionou alguma brincadeira ao seu filho hoje?

Fotos: Portal das Arábias e Pampers.

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