2 de abril de 2013

Dia Mundial de Consciência do Autismo



O Dia Mundo do Autismo, anualmente em 2 de abril, foi criado pela Organização das Nações Unidas, em 18 de Dezembro de 2007, para a conscientização acerca dessa questão. No primeiro evento, em 2 de abril de 2008, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou a iniciativa do Catar e da família real do país, um dos maiores incentivadores para a proposta de criação do dia, pelos esforços de chamar a atenção sobre o autismo.
No evento de 2010, a ONU declarou que, segundo especialistas, acredita-se que a doença atinja cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem.
Em 2011, o Brasil teve o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, iluminado de azul nos dias 1 e 2 de abril, além da Ponte Estaiada em São Paulo, os prédios do Senado Federal e do Ministério da Saúde em Brasília, o Teatro Amazonas em Manaus, a torre da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, entre muitos outros. Em Portugal, monumentos e prédios, como a Torre dos Clérigos e a estátua do Cristo Rei em frente a Lisboa também foram iluminados de azul para a data.


Autismo Infantil
(reproduzido de Daluzinha)
Em 1943, o AUTISMO foi conceituado pela primeira vez por Leo Kanner, como uma doença da linha das psicoses, por ser um transtorno neurológico significativo, cuja incidência em crianças é maior do que a soma dos casos de AIDS, câncer e diabetes juntos. Caracterizada por isolamento extremo, alterações de linguagem representadas pela ausência de finalidade comunicativa, rituais do tipo obsessivo com tendência a mesmice e movimentos estereotipados. Nessa abordagem, a doença tinha suas origens em problemas das primeiras relações afetivas entre mãe e filho, que comprometiam o contato social, idéia extremamente difundida até meados dos anos 70. Hoje, essa doença é definida como um conjunto de sintomas de base orgânica, com implicações neurológicas e genéticas. Atualmente, o autismo é uma área de intenso interesse, em que diferentes estudos se estabelecem e promovem desde alterações conceituais até modificações terapêuticas de fundamental importância.
O AUTISMO é descrito como uma SÍNDROME COMPORTAMENTAL com causas múltiplas, decorrente de um DISTÚRBIO DE DESENVOLVIMENTO. É caracterizado por DÉFICIT NA INTERAÇÃO SOCIAL, ou seja,INABILIDADE PARA SE RELACIONAR COM O OUTRO, usualmente combinado com DÉFICIT DE LINGUAGEM e ALTERAÇÃO DE COMPORTAMENTO. Os sinais e sintomas aparecem antes dos 3 anos de idade e, em cada 10.000 crianças, de quatro a cinco apresentam a doença, compredomínio em indivíduos do sexo masculino (3:1 ou 4:1).

Alguns SINAIS E SINTOMAS do AUTISMO 
A criança autista prefere o isolamento. O autismo é caracterizado por diversos distúrbios:
  • de percepção, como por exemplo dificuldades para entender o que ouve;
  • de desenvolvimento, principalmente nas esferas motoras, da linguagem e social;
  • de relacionamento social, expresso principalmente através do olhar, da ausência do sorriso social, do movimento antecipatório e do contato físico;
  • de fala e de linguagem que variam do mutismo total: à inversão pronominal (utilização do você para referir-se a si próprio), repetição involuntária de palavras ou frases que ouviu (ecocalia);
  • movimento caracterizado por maneirismos e movimentos;

ATENÇÃO EXISTE TRATAMENTO PARA AUTISMO 
Hoje, o tratamento do autismo não se prende a uma única terapêutica. O uso de medicamentos, que antes desempenhava um papel de fundamental importância no tratamento (devido à crença da relação do autismo com os quadros psicóticos do adulto), passa a ter a função de apenas aliviar os sintomas do autista para que outras abordagens, como a reabilitação e a educação especial, possam ser adotadas e tenham resultados eficazes.

QUANTO A REABILITAÇÃO DA CRIANÇA AUTISTA
A propostas de reabilitação substituem os modelos psicoterápicos de base analítica das décadas de 50 e 60, quando a doença era considerada uma conseqüência de distúrbio afetivo. Esses modelos de reabilitação podem então ser caracterizados como: ·
  • Modificação de comportamento;
  • Terapia de "Holding";
  • Aproximação direta do paciente;
  • Comunicação facilitada; ·
  • Técnicas de integração sensorial; e
  • Treino auditivo.

Educação especial para o autista.
Dentre os modelos educacionais para o autista, o mais importante, neste momento, é o método TEACCH, desenvolvido pela Universidade da Carolina do Norte e que tem como postulados básicos de sua filosofia:
  • a) propiciar o desenvolvimento adequado e compatível com as potencialidades e a faixa etária do paciente;
  • b) funcionalidade (aquisição de habilidades que tenham função prática);
  • c) independência (desenvolvimento de capacidades que permitam maior autonomia possível);
  • d) integração de prioridades entre família e programa, ou seja, objetivos a serem alcançados devem ser únicos e a estratégias adotadas devem ser uniformes.
Dentro desse modelo, é estabelecido um plano terapêutico individual, onde é definida uma programação diária para a criança autista. O aprendizado parte de objetos concretos e passa gradativamente para modelos representacionais e simbólicos, de acordo com as possibilidades do paciente.
Dia A - Dia Mundial de Conscientização do Autismo

A escolha da COR AZUL
O azul foi definido como a cor símbolo do autismo porque a síndrome é mais comum nos meninos — na proporção de quatro meninos para cada menina.





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