1 de agosto de 2013

BC - Semana Mundial da Amamentação

Hoje, participamos da Blogagem Coletiva (BC) sobre a Semana Mundial do Aleitamento Materno. 

Há 21 anos a WABA (Aliança Mundial em prol da Amamentação) lançou pela primeira vez ao mundo a Semana Mundial da Amamentação. 

A cada ano um tema a ser trabalhado é definido, e o tema escolhido este ano foi: “Apoio às mães que amamentam: próximo, contínuo e oportuno!”





A Campanha ressalta a importância do suporte vital para as mães: família, apoio social, sistema de saúde, local de trabalho, governo, legislação, situação de emergência, todos têm impacto direto sobre o sucesso da amamentação, fundamental para a sobrevivência infantil com qualidade de vida. 

A OMS (Organização Mundial de Saúde) constatou que apenas 38% das crianças são amamentadas exclusivamente por leite materno durante os seis primeiros meses de vida.

Nós sabemos da importância da amamentação, pois o leite materno possui anticorpos, gordura, água, vitaminas, ferro, cálcio e todos os nutrientes necessários para o bebê. Sabemos também que, como a OMS preconiza, o bebê precisa apenas do leite materno (sem água, sucos, chás ou papinhas) até os 6 meses de idade. Como complemento, até 2 anos ou mais.

E muito importante: o leite muda. Sim. O leite da mãe é produzido pelo corpo dela para o bebê dela. Ele muda de acordo com a idade, com a demanda (segundo a Associação Brasileira de Pediatria, a ordem é "livre demanda SEMPRE!"), e do momento da mamada - no começo, sai mais aquoso, para mater a sede do bebê e hidratar, e do meio pro final, o leite se torna mais espesso e gorduroso, para matar a fome e alimentar.

Porém, algumas mães não conseguem acertar a pega correta, acham que o leite está fraco ou realmente sofrem com a diminuição da produção - seja por problemas psicológicos, sejam problemas fisiológicos e até a redução de mama realizada antes da gestação pode interferir na produção láctea. Por isso o apoio é tão importante. A família, os amigos, a sociedade, o banco de leite, o pediatra, o ginecologista... todos podem ajudar!


Eu não consegui mas você pode! - por Keka

Eu só amamentei até os 4 meses de vida do meu filho. Uma série de complicações contribuiu para isso. Tive Depressão Pós-Parto e produzia pouco leite.

Procurei ajuda nos blogs maternos, consegui o auxilio de algumas mães, tentei o processo de Relactação (que consiste em usar uma sonda pequena dentro de uma mamadeira com leite materno, colocada com esparadrapo no mamilo para que o bebê sugue e assim estimule a produção de leite). Não funcionou e foi frustrante. Usei Ocitocina e funcionava por poucas horas. Tudo com orientação da minha médica. Fazia massagem e quando tentava tirar leite com a bombinha, tirava 30ml! Nada funcionou.

Voltei a trabalhar no 5º mês e também não tinha como sair para amamentar, nem tinha um local adequado para tentar extrair o leite e armazenar. As empresas deveriam se preparar para isso. Como trabalho em um prédio comercial, não há estrutura para isso - mas justamente por isso, deveria ter. 

O mais revoltante foi que procurei auxílio nos Bancos de Leite e, o que era próximo da minha casa, o telefone não funcionava e os atendimentos estavam suspensos. Por isso, acho importante que estas Campanhas aconteçam, que estas informações sejam divulgadas e, principalmente, que as mães não desistam de amamentar. Tentem, persistam e procurem ajuda. É importante para o seu bebê.


Eu consegui e doei! - Janaína

Pedro, quando nasceu, ficou na UTI. Tirei leite na maquininha porque no hospital não tinha Banco. Retirava de 270 a 300ml por mamada e ele só usava 10ml.

Quando os outros nasceram, fui em busca do banco aqui de São Bernardo do Campo (SP), e doei as outras 2 vezes. Eles me orientaram com os procedimentos e conseguir doar as 2 vezes.

Do último saía menos leite, talvez pela correria com os cuidados dos 3 filhos, mas consegui doar.

Os 3 mamaram sem complemento por 5 meses. Só complementei 
com o PP porque voltei a trabalhar, o João descobri que era alérgico e o André desistiu com 5 meses.


Exclusivo por 6 meses, como complemento até 1a7m - Raquel

Diogo nasceu de cesárea, mas como entrei em trabalho de parto, meu leite "desceu" logo na primeira mamada. Na verdade, eu já tinha colostro desde as 30 e poucas semanas de gestação. A pega correta facilitou, mas mesmo assim eu senti muita dor - coisa que quase ninguém conta pra gente, né?

Apesar das dores e machucados (nada muito sério) e de ter pego uma virose braba que me impedia até de pegar o bebê de 2 meses no colo (minha mãe ou meu marido faziam isso por mim), seguimos firmes por seis meses de amamentação exclusiva. Ouvi gracinhas, vi caras feias, narizes tortos e sugestões de chazinho e água (porque fazia 40 graus, em média, quando ele nasceu). Amamentei em todos os lugares possíveis sem tampar peito ou filho. Nunca me importei com os olhares de admiração ou reprovação.

Aos 6 meses, vieram frutinhas, papinhas, suquinhos, água, mas o peito estava à disposição. No começo, era fruta + peito, comida + peito, sono + peito. Depois foi diminuindo, era só no "café da manhã", sono da manhã, sono da tarde, "café da tarde" e hora de dormir. Nos picos de crescimento, tinha mamada de madrugada, sim, porque não?

Aos poucos, o espaço foi aumentando e o tempo diminuindo. Ele já nem mamava para se alimentar, só queria mesmo o colo, o carinho, mas eu estava sempre disposta, afinal, tava ali de graça, né? Quando a gente saía, era calmante, era substituto do lanche, era chupeta - porque não?

Aos 1 ano e 7 meses, o garotão decidiu que não queria mais. Nem para dormir, nem para acordar. Simplesmente, da noite pro dia, não quis mais. Confesso foi um misto de sofrimento e alegria, com bem pouco alívio (já que agora ele poderia adormecer sem mim, e eu achei que voltaria a sair sem ele). Mas hoje em dia tenho saudades, e gostaria muito que ele ainda mamasse. Mas tenho consciência de que fiz tudo o que pude, e dei para ele mais que amor e alimento, dei saúde.




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