28 de fevereiro de 2012

O brincar e desenvolvimento infantil (parte 2 de 3)

Continuando nossa série de posts sobre o evento que a Pampers realizou, vamos agora apresentar algumas ideias da educadora Julia Manglano, especialista em estimulação infantil.

 

A inteligência do bebê

Julia_ManglanoTer um filho inteligente e autoconfiante não depende só de sorte ou herança genética. Grande parte do intelecto das crianças é adquirida por meio de estímulos recebidos nos primeiros anos de vida. Nosso cérebro é muito plástico e cresce de acordo com os estímulos que recebe. Sua fase de maior desenvolvimento é do nascimento aos três anos de idade, quando o cérebro se desenvolve cerca de 60%.

Mas não é preciso esperar o bebê nascer para começar a exercitar sua inteligência: os pequenos já podem começar a ser estimulados no período intrauterino, ao escutar a voz da mãe, perceber luzes, escutar uma música – de preferência clássica.

A amamentação também é um período excelente para despertar a curiosidade do bebê, por meio de olhares, toques, sons. Por isso é importante um ambiente tranquilo, para que a criança consiga perceber os estímulos que recebe. Além disso, você sabia que a distância ideal para que um recém-nascido enxergue (ainda que em duas dimensões e sem cores definidas) é a distância entre seu olhar e o rosto da mãe na hora da amamentação?

Nos três primeiros anos de vida, a criança deve receber estímulos por meio de todos os cinco sentidos. O bebê que tenha tido o privilégio de ouvir música clássica desde o seu nascimento terá uma capacidade auditiva muito mais desenvolvida e, assim, mais facilidade para a música e o aprendizado de línguas. Um pequeno que tenha sido estimulado visualmente terá mais facilidade para a leitura do que outros. Se tiver tido oportunidade de comer alimentos variados, seu aparelho gustativo será mais bem desenvolvido, e, se tiver tido experiências motoras estimulantes, poderá desenvolver o talento para os esportes.

Mas é importante salientar que a alegria é a chave do sucesso: estimular uma criança sem que ela tenha prazer na atividade não faz bem algum, assim como um ambiente de estresse gerado pela alta expectativa dos pais. O importante é a criança gostar da atividade, e encerrá-la antes que ela se desinteresse.

E não é preciso brinquedos específicos ou material pedagógico para estimular as crianças: brincar com o que se tem em casa é o suficiente. Que tal algumas ideias?

  • Coloque um trecho de uma música clássica e diga à criança o nome da peça e do compositor.
  • Crie circuitos com almofadas e travesseiros para a criança que engatinha.
  • Apresente figuras de animais, de comidas, de objetos, de forma rápida e dizendo o nome. Não subestime a inteligência fotográfica dos bebês.
  • Deixe a criança brincar com a comida: sentir o cheiro, a textura, o gosto, ouvir o som que faz ao ser esmagada.
  • Brinque com a criança em diferentes ambientes: dentro de casa, no parquinho, na praia, na grama, no banho, no trocador. Diferentes ambientes oferecem sons, cheiros, texturas, objetos, interações diferentes e, assim, estimulam bastante a inteligência dos pequenos.
  • E por que não brincar com computadores e celulares? Tudo bem, desde que com supervisão, e num tempo determinado. O importante é diversificar os tipos de estímulo, e não achar que o computador vai dar conta de tudo.
  • O encorajamento dos pais e a segurança transmitida por sua presença são importantíssimos. O vínculo afetivo que criamos nessas experiências sensoriais ficará para a vida toda!

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