4 de setembro de 2013

Filho único, é possível ter um só e ele ser feliz?

Eu sonhava em ter 2 filhos, pelo menos. Me casei em 2006, mas só tive meu primeiro (e único) filho em 2010, aos 32 anos. Tinha Endometriose, fui submetida a uma Laparoscopia e em seguida engravidei. Arthur foi muito desejado e muito esperado. Hoje, meu filho tem 3 anos, estou com 35 e não penso em ter outro filho. Já me realizei como mãe, sempre quis ser mãe de um menino e consegui.

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Conheci algumas mães que também desejavam serem mães de um filho só e passei a entender melhor isso. Hoje, estou mais feliz do que nunca com  meu único filho. Não o acho dependente e nem mimado, procuro educá-lo da melhor forma e acho que ele é bastante sociável.

Acho importante impor limites, não se pode deixar tudo livre só porque ele é o Reizinho da casa. Aqui temos regras, horários e uma disciplina rígida. Acredito também que, mesmo em famílias com mais de um filho, há irmãos mais mimados do que os outros. Eu tenho 3 irmãs e sei bem como pode ser deste jeito! 

A diferença de idade na minha casa era de 3 em 3 anos, então tínhamos quase a mesma idade. Nós quatro brigamos a vida todinha, eu me dava muito melhor com os meus amigos do que com minhas irmãs. Acredito que tudo tem a ver com a maneira como a família é constituída, como é a integração. Eu tenho 3 irmãs e não somos unidas. Tenho mais afinidade, e converso mais, com uma delas, a que eu mais brigava, mas como ela  é mãe hoje, acredito que tenhamos nos aproximado por isso. Muitas vezes, confesso, desejei ser filha única e sei que minhas irmãs também (risos).

Claro que ter uma família grande é legal, mas ter uma família pequena também é. E não acho que a expectativa em relação a ter com quem compartilhar, a ter com quem dividir os cuidados quando os pais adoecerem, deva ser jogada em cima dos irmãos. Por experiência própria, conheci pessoas maravilhosas que faziam uns pelos outros sem sequer terem alguém da família ao lado. 

Gosto muito deste vídeo do Cascão e Cebolinha querendo ser irmãos e descobrindo que poderiam continuar amigos e irmãos mas cada um em sua própria casa!






Não importa o que é certo ou errado, o que importa é o que é bom para você e para a sua família. Conheço algumas famílias de filhos únicos, e vejo que o fato das crianças não terem irmãos não é algo primordial para a felicidade. É possível ter um filho sociável mesmo que não tenha irmãos. 

A criança não precisa disputar espaço nem atenção dos pais, mas é preciso ensinar-lhe a dividir. Sempre incentivo a doação de brinquedos para outras crianças, nunca enfrentei problemas quando minha sobrinha (1 ano) vem e damos alguma coisa dele para ela. Ele mesmo pega o brinquedo e ajuda a colocar na sacolinha. Também procuro deixá-lo fazer a maior parte das tarefas sozinho, como trocar de roupa, lavar as mãos ou apertar a descarga. Acredito que se ele for um pouco independente, evito mimá-lo. Procuro ler bastante sobre o assunto a fim de não depositar todas as minhas expectativas nele, nem exigir demais por ter somente um filho. 


Segundo a psicóloga argentina Gabriela Ensinck, o fato de ser filho único não é um elemento que define por si só o futuro de uma criança. Sua evolução, como a de qualquer outra, depende da educação recebida de seus pais. O filho único pode ter um desenvolvimento tão sadio como o filho com muitos irmãos. Alguns problemas que experimentam as crianças, como a dependência dos pais, o consentimento, a superproteção, a introversão etc, não são apenas características dos filhos únicos. Deve-se, na maioria das vezes, à maneira como os pais as educam. Hoje, entre 20 e 30% dos casais têm apenas um filho.



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 Esqueça os estereótipos sobre crianças que crescem sem irmãos. Especialistas garantem que elas podem se tornar adultos tão ou mais saudáveis do que aquelas que crescem em grandes famílias - Verônica Mambrini e Francisco Alves Filho


Hoje é o dia do irmão, mas o post não foi proposital, juro.
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