Os canais do Hospital Albert Einstein tem oferecido a melhor informação sobre saúde e bem-estar nas redes. Em mais essa animação, veja como os animais de estimação ajudam no desenvolvimento psicossocial das crianças e podem significar mais do que um simples amigo para brincadeiras.
Assistam e ajude a divulgar!
Update (Raquel Gomes):
A Bianca não tem animais de estimação e pediu para eu contar para vocês como é a relação do Diogo com os bichinhos.
Diogo nasceu numa casa que já tinha cachorro. Mais precisamente uma cachorra: a Trudy. Quando estávamos no hospital, pedi à minha mãe que fosse em casa cuidar da nossa pretinha e levasse a primeira muda de roupas do Diogo para ela ir se habituando com o novo cheiro. Ela nem ligou. Quando chegamos da maternidade com ele, coloquei o bebê conforto no chão, e deixei ali... Ela passou, olhou, cheirou... e só se ligou que não era uma "coisa" quando ele chorou, uma meia hora mais tarde.
Dali em diante, sempre que ele chorava, ela me avisava - mesmo que ele estivesse no meu colo! Hahaha
Enquanto ele era pequenininho, ela dividia colo, e era mais fácil de dar atenção. Conforme ele foi crescendo, meu tempo foi diminuindo proporcionalmente, e de vez em quando eu sentia que a estava deixando de lado. Mas procurava compensar - e quando o marido chegava em casa, corria para dar atenção para ela (e eu pedia para os amigos, que vinham conhecer o Diogo, para dar atenção a ela antes de ir falar com ele, igual com irmão mais velho, sabe?), e depois ia ver o filho.

Trudy é uma cachorra extremamente bem cuidada. Na época nem saía na rua (morávamos num bairro cheio de cachorros nas ruas, e tínhamos medo de confrontos). Faz check-ups anuais de saúde, toma todas as vacinas indicadas pela veterinária, vermífugos a cada 3 meses, banho e tosa (ela não é de raça, mas merece esse cuidado). Então não tínhamos porque não deixar os dois se amarem. rs

Eles já tiveram embates, ela já o agrediu (quase que verbalmente, um rosnado do tipo "larga meu rabo, pirralho" ou "me deixa dormir, seu mala!!!"), ele já bateu carrinhos e cubos na cabeça da coitada... mas na essência a convivência é ótima.
Com a Trudy ele apredeu (na verdade, está aprendendo) a ter certos limites, a respeitar, e a se preocupar. Quando chega em casa e a encontra deitada - sem fazer festa -, ele já logo pergunta: que foooooi, Tutuca??? (aqui em casa filho não tem apelido, cachorro tem)

Diogo não fica doente - o que reforça a teoria de que animais de estimação fortalecem a imunidade. Diogo não maltrata animais. Aliás, creio que o contato com ela o fez olhar todos os animais com o mesmo amor. Gatos de rua, passarinhos e peixes. Até animais do zoológico. Para todos ele faz: ooooooooooh, que liiiiindo... Acho que aprendeu comigo, sei lá... rs
Mesmo assim, a Trudy é um animal. De vez em quando vejo na internet fotos de bebês em meio a pitbulls, e aquilo me dá um gelo na espinha. É importante a gente ter em mente que, por mais tranquilo que seja o animal, ele é um animal. Tem instintos e pode se rebelar. É preciso cautela, e o contato não pode ser simplesmente obrigatório. Alguns animais não aceitam contato com pessoas estranhas e/ou crianças. É o caso da gata que mora na casa dos meus sogros. Ela não aceita carinho de qualquer pessoa, e dependendo do dia morde todo mundo. Por isso, eu já ensinei ao Diogo que, nela, ele não pode fazer carinho. Que só com a mamãe (eu conheço a ferinha e sei quando ela está de bom humor, ele não).
Portanto, reforço: se você tem um animal de estimação e vai receber um bebê em casa, cuide para que a adaptação seja sem traumas. Uma boa dica é colocar o bebê em situações prazerosas para o animal: ofereça petiscos sempre que o bichinho chegar perto do bebê, leve para passear juntos, brinque com os dois ao mesmo tempo.
A vida de uma família é muito mais feliz com a chegada de um bebê, e pro animal essa chegada não deve ser traumática. Se tudo correr bem, você corre o risco de chorar de emoção toda vez que olhar o sofá e encontrar os dois dormindo juntos, ou assistindo ao desenho preferido. E se pegará pensando: como será quando meu bichinho morrer? Se antes a dor era só sua, agora é de vocês todos. Mas isso é uma outra história.

