26 de abril de 2013

Entrevista Comer para Crescer




A alimentação é, com certeza, uma das principais preocupações de toda mãe. Este assunto merece vários tópicos específicos sobre as diversas particularidades e a cada fase do crescimento dos nossos filhos, as dúvidas surgem.

Conversamos com  Patricia Cerqueira (mãe de dois meninos) e a Mônica Brandão (mãe de duas meninas) autoras “chefs” do portal Comer Para Crescer sobre alimentação em geral para crianças. Acredito que são coisas que toda mãe precisa saber e nem sempre têm tempo para perguntar.

Test Drive Mami - Com base na experiência de vocês, quanto da teoria sobre a alimentação das crianças é, na prática, fácil de aplicar?
Comer Para Crescer - Se é que alguma é difícil ou apenas disciplina dos próprios pais. Não que colocar em prática a teoria sobre alimentação seja difícil, mas requer uma disciplina dos adultos porque a tendência é sempre ir pelo caminho mais fácil. Mas, mesmo com disciplina, as coisas podem fugir do manual, pois as crianças são indivíduos que ora estão com o paladar ótimo, ora, não! Então, além de disciplina é preciso uma boa dose de jogo de cintura, algo que inclui paciência e criatividade.

TDM - Que idade vocês acham que é mais complicado, que fase da alimentação infantil (trabalho para fazer refeições, paladar)?
CPC - O trabalho de pensar num cardápio balanceado e o de fazer as refeições começa com as papinhas e só termina quando os filhos saírem de casa. Já o apetite tem fases mais problemáticas. Geralmente, depois dos 18 meses, as crianças comem menos e passam a ser mais seletivas e isso dura até os três ou quatro anos. Essa fase é muito difícil porque não temos como dizer a um bebê de dois anos que ele precisa comer iogurte porque faz bem, é saudável, argumentos que podemos usar com os mais velhos.  

TDM - Quais são os principais vilões, na opinião de vocês na alimentação dos pequenos? (falta de rotina, de exemplo dos adultos, alimentos artificiais, refrigerantes)?
CPC - Acreditamos que os vilões são todos esses que você citou, mas o maior vilão de todos é a falta de informação dos pais sobre os alimentos industrializados que eles oferecem para os filhos.

TDM - Como era a alimentação de vocês quando crianças? Acham que o que são hoje é reflexo direto da educação alimentar que tiveram?
CPC - Vivemos num tempo em que criança comia Manjopan (aquela gordura hidrogenada frita), tomávamos groselha vitaminada Milani e os doces eram feitos com muito açúcar, tanto que fomos crianças com dentes com cáries. Mas nossas mães nos obrigavam a comer carne e fruta e tomar suco. O prato da refeição era inegociável. E ainda tínhamos de "raspar o prato". Ouvíamos todo o dia que a gente tinha de comer para crescer. Daí, o nome do blog. Por outro lado, todas as nossas brincadeiras envolviam muita atividade física. Não tínhamos videogame, computador nem canal de desenho 24 horas. Quando acabava o horário dos desenhos, saíamos para brincar na rua. E as propagandas nos ofereciam comidas o tempo todo. Eram propagandas bem sedutoras para as crianças.
Hoje, nossos filhos vivem uma realidade bem diferente. Apesar dos “porcaritos” na nossa época não serem considerados vilões, ou seja, eram liberados, existia uma preocupação das nossas mães em sempre ter à mesa uma refeição balanceada, mesmo não sabendo disso. Sempre tínhamos arroz, feijão, salada, legumes e uma "mistura" e fruta de sobremesa. E, hoje, achamos que nossa memória alimentar nos orienta quando alimentamos a nossa família.

TDM - Que dicas são fundamentais para as mães de primeira viagem quando acaba a amamentação?
CPC - Vamos pensar no início da papinha o que não significa o fim da amamentação. O leite materno ou de fórmula devem estar presente como reforço até mãe, criança e pediatra decidiram a melhor hora de parar.
1. Se você é daquela que nunca pisou na cozinha até então, saiba que terá de entender da combinação alimentos + fogão + geladeira + compras no supermercado ou na feira. Mesmo que contrate alguém para fazer as papinhas, em algum momento, você vai precisar ir para o fogão e saber o que é refogar legumes, carne e arroz, por exemplo.
2. É preciso entender que a introdução de alimentos é um período que pode durar entre 30 e 60 dias para o bebê se adaptar a um novo tipo de alimentação (da líquida para a quase sólida). Eu, Patricia, errei quando achei que ao introduzir papinhas a amamentação não era uma alimentação importante na dieta do meu filho e quando ele não aceitava a papinha, eu entrava em pânico achando que ficaria desnutrido. Hoje, entendo que o leite, durante esse período de transição, é um alimento capaz de sustentá-lo até a próxima papinha.



Imagens: Google

E você, como lida ou lidou com essa fase? Deixe nos comentários sua experiência. Gostou da matéria? Divulgue!

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