15 de dezembro de 2011

COQUELUCHE

Mamães, sabiam que a coqueluche (tosse comprida) está voltando a aterrorizar famílias no Brasil e no mundo? Algumas pessoas comentaram comigo sobre o assunto no dia em que levei minha filha ao alergista e fiquei preocupada, principalmente porque não foi a primeira vez que eu ouvi falarem disso.
Pois é, após cerca de 30 anos no esquecimento, essa vilã está preocupando muita gente.

Mesmo tomando a vacina tríplice bacteriana (DTP – Difteria/Tétano/Coqueluche {Pertussis}), a qual é recomendada para crianças até sete anos de idade e é eficaz, os casos de coqueluche têm aparecido com frequência nos hospitais, devido à maior ocorrência da doença entre adolescentes e adultos jovens. E é aí que mora o perigo, pois uma vez infectados, os doentes transmitem a bactéria para crianças que ainda não foram completamente imunizadas (abaixo de dois meses, pois ainda não tomaram a vacina), e neste caso, pode ser fatal.

Mas, o que é essa tal COQUELUCHE?

“A coqueluche é uma doença infectocontagiosa provocada por bactérias da família Bordetella ( especialmente a Bordetella pertussis e a Bordetella parapertussis,), que colonizam o aparelho respiratório, especialmente a traquéia e os brônquios, por onde o ar obrigatoriamente precisa passar para chegar até os pulmões, provocando crises extenuantes de tosse. As crises são tão fortes, que no caso das crianças, as mesmas perdem o fôlego, chegando a ficarem "roxinhas".
O desenvolvimento da doença se dá em três fases: a primeira fase da coqueluche é semelhante a uma gripe, pois começa com uma fase catarral, febre, mal-estar, tosse seca e coriza por cerca de dez dias.

Na segunda fase, chamada paroxística, aparecem os sintomas mais característicos da infecção, com episódios incontroláveis de tosse, muitas vezes seguidos de vômitos, e inspiração forçada, acompanhada de um ruído conhecido como “guincho”. Essas manifestações podem durar de duas a quatro semanas.

Depois disso, vem a fase de recuperação, quando as crises vão desaparecendo e dando lugar a uma tosse comum, que pode ainda continuar por ALGUNS MESES.

Nos casos mais graves também podem ocorrer convulsões, pneumonias, encefalopatias e até morte. Ou seja, é uma doença REALMENTE PERIGOSA e deve-ser ficar atenta (o).

A coqueluche é transmitida pelo contato direto com pessoas contaminadas, mais precisamente pela inalação de gotículas que o doente produz ao tossir, espirrar ou falar ou, então, por meio de objetos que tenham tido contato recente com secreções respiratórias de um indivíduo infectado. Após o contágio, os sintomas podem demorar de 7 a 21 dias para aparecer.

Para diagnosticar a coqueluche é necessário um exame clínico, baseando-se nos sintomas, no histórico do paciente e uma boa avaliação física, mas em alguns casos é necessário o auxílio de um exame laboratorial (raramente feito em P.S.), em que é feita a cultura de secreção da faringe do paciente.

O tratamento é feito à base de antibióticos, associado ao repouso e à ingestão de muito líquido. Geralmente esse tratamento é realizado em casa, mas no caso de bebês, os médicos aconselham que seja feito no hospital, para evitar desidratações, complicações e infecções secundárias. As pessoas que convivem com o doente devem receber tratamento preventivo e reforço da vacina, uma vez que cai pela metade a imunização contra a coqueluches, após dez anos da última dose recebida da vacina.

Hoje em dia, a vacinação é subdividida em cinco doses. Desta forma:

Três doses no primeiro ano de vida (2, 4 e 6 meses);
• Primeiro reforço aos 15 meses;
• Segundo reforço entre quatro e seis anos de idade.

Porém, devido ao aumento no índice de casos recentemente no exterior, alguns países, como Austrália e EUA, têm modificado as recomendações de imunização da DTP, uma vez que o reforço feito aos 15 anos (DT) não contém o componente pertussis. De acordo com a nova recomendação, a vacina passaria a ser tríplice bacteriana acelular – DTPa, formulada especificamente para o adulto, sendo administrada a partir dos 12 anos de idade, podendo ser administrada até os 64 anos de idade (para aqueles que não a receberam previamente).

No Brasil, a vacina já está licenciada pela ANVISA, porém, ainda não foi incorporada no calendário oficial do Programa Nacional de Imunizações brasileiro, mas caso o médico a prescreva, pode ser obtida na rede privada.

Vamos ficar na torcida para que a vacina contra coqueluche seja estendida aos adultos, assim como nos outros países, e que seja incluída na rede pública de saúde. Afinal, não é todo mundo que tem condições de pagar por ela, não é?

De qualquer forma, vamos observar ao redor e caso haja alguma pessoa, e principalmente, criança com os sintomas descritos acima, leve-a ao médico com urgência. A melhor forma de prevenir-se de algo, é antecipar-se!

Não quero amedrontá-las, ou deixá-las preocupadas. A finalidade do texto é de informá-las sobre algo que está chegando de mansinho, mas que pode causar grandes danos.

É isso.

Bjocas e até +





com colaboração da Pediatra Dra. Patricia Riveros.

fontes: Fleury Medicina e Saúde; ABC da Saúde e Jornal "O Globo" - Saúde

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