5 de dezembro de 2011

Como está a visão do seu filho?

Quando o bebê nasce não enxerga praticamente nada, enxerga somente vultos que ainda não consegue distinguir o que são e sua visão desenvolve-se progressivamente, chegando à total maturidade (como a visão de um adulto) por volta de cinco anos de idade.

Um recém-nascido pode apresentar vários tipos de problemas oftalmológicos como: glaucoma congênito e catarata congênita (ambos devem ser tratados de imediato, pois podem levar à cegueira), bem como, olhos vermelhos, secreções, pupila branca, olhos esbranquiçados, lacrimejamento constante, entupimento do canal lacrimal etc.

Calma, sei que tudo isso preocupa qualquer mãe e justamente por este motivo o pré-natal é extremamente importante, pois alguns desses problemas são derivados de doenças como toxoplasmose, rubéola, sífilis e outras, que se não forem devidamente tratadas, podem comprometer a visão da criança.

No caso dos problemas citados acima, algumas patologias podem ser detectadas pelo "exame do olhinho" ou exame do reflexo vermelho, o qual é feito ainda na maternidade (ou dentro da 1ª semana de vida do bebê) e é indolor. O exame consiste em projetar uma luz no olho da criança, que se estiver com a visão saudável, irá refletir uma luz vermelha ou alaranjada. Caso, não reflita a luz ou fique esbranquiçada, sinal que a visão não é saudável e então, um oftalmologista deve ser consultado.
Mas, estou escrevendo mesmo para falar da visão da criança nos primeiros anos de vida. Eu tive problemas de visão na minha infância, era estrábica e usei óculos dos dois anos de idade até cerca de 8 anos.

Você sabe o que é estrabismo?

O ESTRABISMO é uma patologia oftalmológica que consiste no desalinhamento dos olhos (apenas um ou nos dois) e a grande maioria dos casos tem início na infância (lembrando que até 06 meses de idade é considerado normal pelos pediatras), podendo se estender até a fase adulta ou não, dependendo do tipo de tratamento e da reação do organismo ao mesmo.

Muitas vezes o estrabismo é causado por problemas psicológicos ou emocionais, que foi o meu caso. Meus pais se separaram quando eu tinha cerca de dois anos de idade e devido ao trauma da separação, comecei a ficar estrábica. Por sorte, uma amiga da minha mãe notou e fui levada ao oftalmologista que imediatamente começou o tratamento comigo. Como disse acima, usei óculos e tampões oculares por muito tempo. Graças a Deus meus olhos voltaram ao normal, mas ainda me vejo um pouco “vesga” (como são chamados os estrábicos na forma coloquial) em fotos.

Geralmente os estrábicos são assintomáticos (não possuem sintomas), mas em alguns casos de estrabismo, pode-se sentir dor de cabeça, nos olhos e sonolência durante leitura ou qualquer outra atividade em que a visão é “forçada” (assistir televisão, mexer no computador...)

Existem vários tipos de estrabismo, alguns deles são: desvio convergente (olhos voltados para dentro), desvio divergente (olhos voltados para fora) e desvio vertical (um olho fica mais baixo ou mais alto que o outro). No meu caso era convergente, pois meu olho direito era voltado para dentro. Não lembro o que eu enxergava exatamente, mas lembro de sentir muita dor de cabeça.


Os tratamentos para estrabismo são: somente uso de óculos e tampões, óculos + cirurgia ou somente cirurgia. Em alguns casos já estão usando até toxina botulínica.

Mesmo com todas as informações acima, as mamães devem sempre estar atentas aos filhotes. Pois, além do estrabismo, há os problemas de visão como miopia, astigmatismo e hipermetropia, que aparecem com mais freqüência na fase escolar da criança, causando desinteresse pela leitura e baixo rendimento na sala de aula. Neste caso, vale a pena conversar com a professora, para que a mesma fique atenta e ajude a detectar se há algum problema. Apertar os olhos ao ler e coçá-los com freqüência são sintomas de que algo está errado.

Porém, fazer testes de visão em casa não são suficientes para saber se seu filho ou filha precisa ou não usar óculos, o correto é levá-lo(a) ao OFTALMOLOGISTA o mais rápido possível, pois, quanto mais rápido for o tratamento, maior é a chance de cura.

É isso. Fiquem atentas!!

Bjocas e até +





com colaboração da Pediatra Dra. Patricia Riveros.

fontes: Conselho Brasileiro de Oftalmologia; Lotten Eyes Clínica Oftalmológica.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...