30 de novembro de 2012

Quando tudo pode mudar...


Confesso que fiquei com um pouco de receio em falar deste assunto aqui. Sempre temos o cuidado de trazer posts informativos, divertidos ou até bem sérios. Mas este é um assunto polêmico. De qualquer forma, entendo que se minha opinião mudou em relação a isso, posso dividir com as leitoras do TDM certo?

Tenho acompanhado diariamente o Relato de Parto Natural da Barbara Saleh e estes posts mudaram minha idéia a respeito de PN. Eu nem sabia que existia diferença entre Parto Natural e Parto Normal. Pra mim, existe a Cesárea e o Parto Normal. Como não gosto de dor (tenho 7 tatuagens mas contração nunca quis sentir) eu logo decidi pela cesárea e pronto, foi assim que Arthur chegou ao mundo. Não me arrependo, de forma nenhuma, mas se eu tivesse outro bebê (depois de ler o relato da Bárbara) eu tentaria o Parto natural!

Parto normal e parto natural são a mesma coisa?



Não. No parto normal, o bebê nasce pela vagina, mas a mãe sofre uma série de intervenções médicas. É comum ela tomar anestesia, sofrer um corte na região próxima à vagina para facilitar a saída do bebê, fazer raspagem dos pêlos pubianos e lavagem intestinal e ser medicada com um hormônio que acelera as contrações e agiliza o nascimento. No parto natural, não tem nada disso. “Ele ocorre sem nenhuma intervenção médica. A maioria das mulheres é muito saudável e pode ter seus filhos dessa forma”, diz a ginecologista e obstetra Andréa Campos, do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, uma ONG voltada à saúde da mulher. Segundo a médica, as intervenções devem ser usadas apenas quando absolutamente necessárias, “mas não de rotina, como acontece hoje no Brasil”. O parto natural pode ocorrer em casa ou na maternidade e pode ser de cócoras, na água ou deitado. “O importante é que o nascimento ocorra sem pressa, respeitando o ritmo do corpo da mãe para que haja uma produção natural dos hormônios que induzem o parto”, diz a doula (acompanhante de parto) Ana Cristina Duarte, da associação Amigas do Parto. “O parto natural”, diz ela, “favorece e fortalece o vínculo entre a mãe e o bebê e é sempre a melhor opção quando não há restrições médicas.” (MdeMulher)



Eu achava todo esse papo coisa de gente "cheira meia" "caxias" e sem sentido. Tá bem, não levanto bandeiras (nem a Bárbara teve este intuito com o post) - que isso fique claro. Mas acompanhar um nascimento explicadinho de forma detalhada e gostosa de ler me fez repensar sobre este assunto e mudar de opinião. Eu tinha uma série de preconceitos em relação ao assunto. Achava que se tivesse contração tinha que correr pro hospital e o bebê tinha que nascer na hora e não voltar pra casa. Que voltar pra casa poderia matar o bebê, que eu não aguentaria a dor e tudo mais. Tudo falta de informação. Mas ao ler um post de alguém que gosto tanto, que acompanhei a gravidez e que uma amizade nasceu aos poucos me fez ler mais atentamente ao relato e sentir todas as emoções nele descritos até deixar escapar uma lagriminha.

Se eu tiver outro bebê vou tentar também!

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