19 de março de 2012

Você sabe o que é Baby Blues e Depressão Pós Parto?

Por acaso você sabe o que é Baby Blues? E depressão Pós-Parto? Eu achava que Baby Blues era o período inicial do RN e lendo uma revista descobri que não é bem esta a definição, então quis compartilhar com vocês. Pesquisei sobre o assunto pois percebi que eu vinha tendo crises de choro por achar que as minha rotina seria regrada e que eu seria a Mulher Maravilha das mamães e não é bem assim que as coisas funcionam. Tenha em mente que sua vida vai mudar e mudar completamente, que seu bebe vai depender única e exclusivamente de você. Há muitas coisas que os papais podem fazer mas dar de mamar e às vezes um colinho só a mamãe pode dar, acredite, ele será dependente de você e muito!

 

O tal Baby Blues e Depressão Pós-Parto

By Colcha de Retalhos

A forma mais branda da depressão pós-parto é conhecida como baby blues, ou melancolia do pós-parto.

Surge, na maioria das vezes, até o quarto dia do nascimento do bebê e dura até no máximo uma semana, tendo sintomas parecidos com os da depressão pós-parto.
Mais de 80% das mulheres têm o baby blues que, diferente da depressão pós-parto, não é uma doença. A depressão pós-parto pode aparecer a partir da segunda ou terceira semana, mas na maioria das vezes, surge na sexta semana. Um baby blues muito intenso e longo demais pode ocasionar adiante uma depressão pós-parto mais grave.

Por isso é importante acompanhar todas as mulheres na primeira semana depois do nascimento do filho.

Casos mais drásticos são conhecidos como psicose puerperal (pós-parto). Os sintomas são mais radicais: a mãe sofre confusão mental, delírios, tem idéias esquizofrênicas.
Existem casos de mães que matam filhos depois do parto, mas as psicoses puerperais são muito raras - acontecem dois casos a cada mil nascimentos.

Há diferenças enormes entre psicose puerperal e a depressão.

Quando a mãe tem psicose puerperal, há grandes chances, cerca de 50%, de repetir o estado na gravidez seguinte. Enquanto nas depressões pós-parto, não há relação entre uma gestação e outra.

Apesar de não existir prevenção, é possível tratá-la com remédios, dependendo do caso. Não há um remédio específico para depressão pós-parto, mas há casos em que torna-se preciso usar antidepressivos tradicionais para tirar a mãe desse estado.
No entanto, se a mulher estiver amamentando, não é aconselhável que ela tome esses medicamentos.

Segundo dr. Bernard Goose, professor de Psiquiatra da Criança e do Adolescente na Universidade Sorbonne, na França, a comunidade pode dar uma ajuda fundamental. Independente do atendimento psiquiátrico, cada país deveria criar suas próprias redes de convivência.

No passado, havia convivência entre mulheres de gerações diferentes. Isso desapareceu da organização atual da sociedade. As jovens mães devem ouvir a experiência de mulheres mais experientes.

O depoimento de outras mães é fundamental para que ela se identifique: realmente não é tão fácil assim ter um bebê e a futura mamãe não precisa sentir-se culpada por ter dificuldades com a maternidade, outras mães, antes dela, já rejeitaram seus filhos quando nasceram. O papel da família é crucial.

Quando o quadro depressivo diminuir, não há tratamento melhor que o contato da mãe e filho.

Desde que não seja imposto, restabelecer o vínculo entre a mãe e o filho é o melhor antidepressivo.

80% das mulheres são acometidas da tristeza materna

A Tristeza Materna (baby blues), por sua vez, acomete até 80% das mulheres, mas devido ao tabu mencionado pode se imaginar um índice até maior. É um estado de humor depressivo que costuma acontecer a partir da primeira semana depois do parto. É benigno pois regride por si só por volta do 1 mês.

Atenção a quadro mais severo: DPP

Depressão Pós Parto (DPP) é um quadro clínico severo e agudo que requer acompanhamento psicológico e psiquiátrico, pois devido a gravidade dos sintomas há que se considerar o uso de medicação. Acomete até 15% das mulheres, podendo começar na primeira semana após o parto e perdurar até dois anos.

Existem alguns fatores de risco que vêem sendo estudados e demonstram uma alta correlação com a DPP. Entre eles temos: mulheres que sofrem de TPM, mulheres com sintomas depressivos durante a gestação, com histórico de transtornos afetivos, com dificuldades na gestação, submetidas a cesárea (no Brasil na rede privada chega a 80% dos casos, enquanto a OMS recomenda não passar de 15%), primigestas, carência social.

A puérpera se beneficia de grupos terapêuticos onde se pode partilhar o sofrimento junto a outras mulheres em igual situação e sob orientação de um profissional, também pode ser recomendado atendimento psicológico individual.

Distinção entre DPP e Baby Blues

O que distingue a DPP da Tristeza Materna (baby blues, postpartum blues) é a gravidade do quadro e o que ele tem de incapacitante afetando a funcionalidade da mãe e pondo em risco seu bem estar e do bebê. Aparecem sintomas como irritabilidade, mudanças bruscas de humor, indisposição, doenças psicossomáticas, tristeza profunda, desinteresse pelas atividades do dia-a-dia, sensação de incapacidade de cuidar do bebê e desinteresse por ele, chegando ao extremo de pensamento suicidas e homicidas em relação ao bebê. O diagnóstico precoce é fundamental e para isso é necessário um acompanhamento em todo ciclo gravídico puerperal, sendo a melhor forma de evitar, atenuar ou reduzir a duração da DPP. Grupos de gestante têm caráter psicoprofilático e, portanto, ajudam no diagnóstico e tratamento precoce.

Existe um tabu em relação ao tema gestação e depressão, como se a mulher devesse
estar radiante pe
lo nascimento de seu filho e ela fosse culpada de uma espécie de "ingratidão". Algumas mulheres não conseguem admitir para si mesmas que merecem ajuda, escondendo dos cônjuges e da família seu estado. Além da evidente necessidade de cuidados da mulher, acima citados, a DPP é fator de risco para a saúde mental do bebê e, portanto, requer toda a nossa atenção.

Sintomas Baby Blues

. Primeiros dias após o parto
. Atinge de 50 a 80% das mulheres
· Lapsos curtos de memória
· Fadiga
· Ansiedade
· Inquietação
· Impaciência
· Irritabilidade
· Tristeza e choro sem nenhum motivo aparente
Resolve-se espontaneamente após alguns dias

Sintomas de DPP
DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Afeta 1 em 10 mulheres. Constatando-se a presença da maioria desses sintomas, é importante que se procure um profissional, ou que seja comunicado ao obstetra para que esse providencie o encaminhamento.
· Choro incontrolável
· Perda de memória
· Falta de interesse no bebê
· Irritação
· Insônia
· Sentimento de culpa
· Medo de machucar o bebê ou se machucar
· Fadiga
· Tristeza constante
· Alterações de humor exageradas
· Confusão
· Falta de concentração
· Distúrbios de sono ou apetite

Sintomas de psicose
PSICOSE PÓS-PARTO

Afeta 1 em 1000 mulheres. Os sintomas aparecem nos 3 primeiros meses e são mais intensos e duradouros, com episódios psicóticos. Necessita acompanhamento psicológico e internação hospitalar.
· Alucinações ou delírios
· Pensamentos de machucar o bebê
· Insônia severa
· Pensamentos de autodestruição
· Agitação
· Comportamentos estranhos
· Medo
· Pensamentos intrusivos
· Distúrbios de sono ou apetite

Sintomas depressão cronica
SÍNDROME DEPRESSIVA CRÔNICA

Episódio depressivo não psicótico. O tratamento deve ser psicológico e medicamentoso, pois pode perdurar por até 1 ano.
· Humor disfórico
· Distúrbio do sono
· Alteração do apetite
· Fadiga
· Culpa excessiva
· Pensamentos suicidas.

 Divulgação

Dicas de como lidar com o Baby Blues

1- Gaste seu tempo com seu bebê! Lembre-se de quanto tempo esperou para segurar seu precioso anjinho.

2- Descanse! Descanse! Descanse! Aproveite esse tempo com seu bebê. Deixem que os outros esperem por você. Deixe-se ser paparicada nestes primeiros dias em casa (principalmente se se submeteu a uma cesariana ou teve complicações).

3- Traga o bebê para o seu quarto ou sua cama para ter mais descanso.
4- Evite horários fixos ou rígidos, isto estressa a nova mãe. Siga o ritmo do bebê e sua própria intuição.
5- Evite esforçar-se. Limite o tempo e o número de visitas de parentes ou amigos. Quando você tiver convidados, não se sinta na obrigação de ser uma anfitriã perfeita. Na realidade, se algum convidado te encontrar de camisola, será menos provável que ele estenda a visita.
6- Algum exercício é bom. Observe o seu limite e não se exceda. Fadiga dor podem piorar seus sentimentos.

7- Sempre que seu bebê dormir, durma e descanse também. Esta NÃO é a hora de pular ou executar aquelas 40 tarefas nas quais você está pensando.

8- Coma bem. Tenha lanches saudáveis à mão. Comidas nutritivas e de fácil preparo são úteis. (Mande os doces para casa junto com a avó.) Esteja certa de estar comendo algum carboidrato (pão, milho, arroz, centeio, batatas, aveia, biscoitos de farinhas integrais etc) a cada 3 horas, para manter o nível da taxa de açúcar no sangue, evitando hipoglicemia.

9- Beba muito líquido. Seu corpo está se recuperando e quantidades extras de líquidos são essenciais para a amamentação. Beba bastante água. Sucos naturais são excelentes. Evite cafeína e calorias vazias dos refrigerantes. Evite bebida alcoólica ou reduza seu consumo ao mínimo.

10- Obtenha ajuda para as tarefas domésticas, refeições e outras crianças. Aceite a ajuda de amigos. SE alguém oferecer para ajudar, não recuse.

11- Priorize economizar energia. Nem todo trabalho doméstico precisa ser feito.

12- Agradeça ao papai quando ele ajudar com a casa, as refeições ou os filhos maiores, por exemplo. Um pouco de gratidão percorrerá um longo caminho nesses dias.

13- Trocar carinhos, abraços e beijos com seu companheiro ajudará a mamter um bom relacionamento entre vocês.

14- Mime a si mesma, você merece. Dê a você mesma uma limpeza de pele ou faça as unhas. Cuide de seus cabelos. Tome um bom banho ou tome um banho com seu bebê. Leia livros de frivolidades.

15- Saia. Respire ar fresco. Leve o bebê para passear com você. Não faça muito de uma vez. Escute seu corpo.

16- Aproxime-se de outras mães. Procure grupos de mães com quem possa conversar e fazer atividades com o bebê. Alguns exemplos: exercícios para mamães e bebês, Grupos La Leche League, grupos de apoio para novos pais, igreja ou grupos religiosos, vizinhos, ou comece seu próprio grupo.

17- Aprenda técnicas de relaxamento e meditação. Aprenda a fazer durante os poucos momentos calmos que você tem. Lembre-se dos exercícios de relaxamento das aulas de preparação para o parto.

18- Concentre-se no que está fazendo. Concentrando-se, o tempo passa mais rápido.

19- Divirta-se com seu bebê. Vá a aulas de ginástica com seu bebê, caminhe, coloque uma roupa bem bonita no bebê, vá ao parque, etc.

20- Exercite-se após liberação médica. Pergunte sobre exercícios específicos e quando pode começar a fazê-los.

21- Seja gentil com você mesma. Dê-se bastante tempo para se recuperar.

22- Embora seja normal experimentar o baby blues, se seus sentimentos persistirem ou parecerem preponderantes não hesite em conversar sobre o problema com seu profissional de saúde. É importante que você tenha todo o suporte que você precisa durante este momento.

23- Ouça conselhos com parcimônia. Siga seus instintos de mãe. Você sabe o que é melhor para o seu lindo bebê!

Por Lois V. Nightingale, PhD
Disponibilizado pela
La Leche League International

Esta pesquisa foi feita quando meu filho tinha apenas 1 semana de vida e eu enfrentava todas essas mudanças em minha rotina sozinha e não sabia o que fazer. Procurei sobre o assunto pois estava preocupada. Eu achava que os bebês mamavam, dormiam e trocavam fralda. Nem sempre eles querem dormir após as mamadas e eu sofria e chorava por não conseguir fazê-lo dormir. Estava ficando muito difícil, sem contar que eu não estava saindo de casa pra nada e isso é simplesmente horrível. Além disso, queria fazer tudo em casa, isso porque meu marido ajuda, faz todos os afazeres domésticos mas mesmo assim eu sempre arrumava o que fazer e não estava descansando. O que me ajudou foi conversar muito sobre o assunto com ele, descobrir o que me incomodava e mudar minha rotina. Hoje percebo que vivo em função do meu filho e que meus horários e tarefas são sim definidas por ele. Mas levo numa boa pois estou sabendo administrar meu tempo e minha vida. Siga as dicas que eu trouxe, talvez possa te ajudar. Converse muito com  seu companheiro, família e amigos. Troque idéias com outras mães, acredite, muita gente passa pelas mesmas coisas e alguém que já passou pode te ajudar. E tenha um tempo só para você, deixe seu companheiro cuidar de um episódio de choro interminável sem culpa. Deixe que outras pessoas fiquem com seu bebê, isso não faz de você uma péssima mãe. E descanse sempre que possível!

[br_baby_blues_2008_03_27.jpg]

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...