5 de junho de 2013

Dia do Meio Ambiente: o que você faz?



Imagem: daqui

Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente, e vamos ouvir falar disso o dia inteiro. Mas não quero ficar aqui falando de catástrofes naturais, aquecimento global ou de preservação de florestas. Vim falar de pequenos atos, atitudes do dia a dia e que, muitas vezes, a gente não pára pra pensar.

Quantos banhos você toma por dia? Quanto tempo dura esse banho? E se você colocasse toda a água desperdiçada numa caixa d'água à parte, o que poderia fazer com ela?

Você lava o quintal? Se sim, usa balde ou mangueira? Usa a vassoura para ajudar, ou "varre" com a água?

E a louça? Você lava com a torneira aberta o tempo todo? Ensaboa tudo, coloca numa bacia com sabão e só depois enxágua? Ou usa a máquina lava-louças (uma das maneiras de economizar água, sim!)?

E a luz? Quanto sua família gasta por mês? Quanto desperdiça? Já experimentou reduzir o consumo?

E seu lixo? Você separa o reciclável? Tem coleta seletiva no seu bairro ou você leva a algum posto de coleta? Já pensou em combinar com algum catador de ele bater na sua casa 2 vezes por semana e levar para a cooperativa (eles ganham dinheiro com isso, sabia?)?

E os alimentos? Você joga fora todas as cascas, caules, folhas? Ou reaproveita em feijões, sopas e tortas? E o desperdício? Sobra muito alimento na sua geladeira para ir ao lixo? Apodrecem frutas, legumes e verduras antes mesmo de serem preparados? E os grãos? Mofam no armário, ou você dá conta de consumir tudo o que compra?

E seu carro? Quantas vezes por semana você usa? Quanto de combustível você usa? Qual combustível você usa (diesel, gasolina ou etanol)? E muito importante: você sabe qual o combustível mais indicado para o seu carro (no caso dos bicombustíveis)? O que você poderia fazer para reduzir o uso do transporte individual? Você dá/pega carona?

Esse monte de pergunta não tá aqui para te deixar com a pulga atrás da orelha ou para te encostar na parede apontando o dedo no nariz, não. Tá aqui para propor uma autoanálise (que eu também fiz e cheguei à conclusão de que ainda posso melhorar MUITO).

Não sou modelo para ninguém, mas procuro economizar ao máximo em água, luz, alimentos e combustível.

Por exemplo, na minha casa as lâmpadas são econômicas, geladeira, microondas, lava-louças e fogão são A na economia de energia, ar-condicionado (também A) só é ligado no calor extremo (e quem mora na praia sabe bem do que eu tô falando). Procuro ligar a TV na sala com luz apagada, janelas e portas abertas, para aproveitar a luminosidade natural do dia. Se vou lavar a louça, não preciso de luz artificial acesa. Muito menos para tomar banho ou usar o vaso sanitário - a menos que seja noite, né?

Banho é rápido, não tem essa de relaxar no chuveiro por meia hora. Se estou muito cansada, cinco minutos de relax são suficientes (para minha consciência pesar e eu desligar o chuveiro). Diogo ainda toma banho na bacia, o que economiza um tantão de água (8 minutos com o chuveiro aberto equivalem a 24 litros - em chuveiros com pouca vazão de água). Só lavo louça na pia quando preciso lavar peças que não cabem na lava-louças. Escovar dentes, lavar rosto e mãos só com a torneira fechada. Lavar quintal (e eu preciso, pois moro em casa), banheiro, cozinha, só com o balde e a vassoura em punho.

O carro fica na garagem a semana toda, e usamos apenas para longas distâncias ou em dias de chuva (quando saímos com o Diogo). Vou a pé para o trabalho, meu marido de fretado, e percebemos uma economia absurda com o carro (que é bicombustível e anda melhor / polui menos com etanol) depois que nos mudamos para o Centro da cidade.

O problema lá em casa é a comida. Assumo, mea culpa. Já tentei de todas as formas reduzir o consumo e o desperdício. Tô pensando em viver de luz, que 'cês acham? Sério... a coisa é feia. Diogo anda numa fase ruim de não querer comer, pede fruta, morde e larga (ainda bem que nossa cachorra adora frutas, e pode comer). Pede comida, dá algumas colheradas e se dá por satisfeito (e se a gente coloca pouca, ele pede mais e larga de novo). Sem contar nos mini-restinhos. A última concha de feijão na panela, o último pedaço de carne... e eu morro de dó de jogar no lixo. Lembro do meu vô, indignado, que "tudo nessa casa vai pro lixo!". 

Lembro do meu pai, na minha infância, me jogando na cara que "tem tanta criança passando fome, e você jogando comida fora!". Me dói o coração. Quando morava de frente para a praça, onde juntavam-se mendigos para dormir, eu juntava esses restinhos e fazia um marmitão para eles. Mas agora não tocam meu interfone, não vejo mais os mendigos da praça. Ainda assim, tenho potinhos pequenos onde congelo os restinhos para emergências. Quantas vezes optamos por lanchar e tinha o restinho salvador no freezer para a janta do Diogo?

Ainda acho que posso fazer mais por mim, por minha família, pelo mundo. Mas estou no caminho certo. Tento comprar refil dos produtos que mais uso, procuro usar os concentrados (sabão, amaciante), que utilizam menores embalagens e por isso economizam no transporte, na água etc.

Então eu tô aqui hoje só para propor mesmo uma mudança de postura. Minha, sua, de todos.

Vamos ser exemplo pros nossos pequenos. As ruas estão cheias de lixeiras, nossas bolsas podem carregar uma sacola para as compras, um saquinho para os lixinhos dos filhotes (e nossos também). Não é "só um papel de bala"! É o papel de bala de todo mundo.

Apesar de todos os meus erros, eu vivo acertando. Então, tente valorizar - e multiplicar - seus acertos.

Beijocas e tenha um lindo dia verde!

(Dica do dia: vá a um parque com os filhotes e faça um piquenique ao ar livre, e nesse momento aproveite para ensiná-los as pequenas atitudes ecológicas)

2 Comentaram - COMENTE AQUI:

yara disse...

Que essas palavras possam ser lidas por muitos e seguidas por todos aqueles que lerem, pois creio que todos que aqui estão teem nível de entendimento para tal.

Fanny Barbosa disse...

Perfeito raquel!!! É pequenas atitudes que podem mudar o mundo.

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