30 de abril de 2013

Como os animais de estimação ajudam as crianças

Os canais do Hospital Albert Einstein tem oferecido a melhor informação sobre saúde e bem-estar nas redes. Em mais essa animação, veja como os animais de estimação ajudam no desenvolvimento psicossocial das crianças e podem significar mais do que um simples amigo para brincadeiras.

Assistam e ajude a divulgar! 




Update (Raquel Gomes):

A Bianca não tem animais de estimação e pediu para eu contar para vocês como é a relação do Diogo com os bichinhos.

Diogo nasceu numa casa que já tinha cachorro. Mais precisamente uma cachorra: a Trudy. Quando estávamos no hospital, pedi à minha mãe que fosse em casa cuidar da nossa pretinha e levasse a primeira muda de roupas do Diogo para ela ir se habituando com o novo cheiro. Ela nem ligou. Quando chegamos da maternidade com ele, coloquei o bebê conforto no chão, e deixei ali... Ela passou, olhou, cheirou... e só se ligou que não era uma "coisa" quando ele chorou, uma meia hora mais tarde.

Dali em diante, sempre que ele chorava, ela me avisava - mesmo que ele estivesse no meu colo! Hahaha

Enquanto ele era pequenininho, ela dividia colo, e era mais fácil de dar atenção. Conforme ele foi crescendo, meu tempo foi diminuindo proporcionalmente, e de vez em quando eu sentia que a estava deixando de lado. Mas procurava compensar - e quando o marido chegava em casa, corria para dar atenção para ela (e eu pedia para os amigos, que vinham conhecer o Diogo, para dar atenção a ela antes de ir falar com ele, igual com irmão mais velho, sabe?), e depois ia ver o filho.


Nunca fui paranoica com a higiene a ponto de achar que ela não poderia chegar perto dele. Por via das dúvidas, perguntei à pediatra sobre os contatos (Diogo teve uma alergia respiratória forte aos 2 meses de vida, e achávamos que poderia ser por conta da cachorra. Isso não nos fez pensar, em hipótese alguma, em nos desfazer dela. Apenas em adaptar os espaços), ao que ela respondeu que era apenas para evitar lambidas no rosto. Liberei até isso. Hahahaha

Trudy é uma cachorra extremamente bem cuidada. Na época nem saía na rua (morávamos num bairro cheio de cachorros nas ruas, e tínhamos medo de confrontos). Faz check-ups anuais de saúde, toma todas as vacinas indicadas pela veterinária, vermífugos a cada 3 meses, banho e tosa (ela não é de raça, mas merece esse cuidado). Então não tínhamos porque não deixar os dois se amarem. rs


Aos 6 meses, ele começou a ficar no chão. Eu forrava com um edredon e colocava ele lá para brincar. Ela passava, cheirava, lambia e saía de perto - antes que ele se agarrasse em seu rabo ou orelhas. Aos 9 meses ele começou a engatinhar, e aí ela achou que sua paz tinha acabado. Ledo engano. A coisa ficou feia mesmo foi quando ele aprendeu a andar.
Eles já tiveram embates, ela já o agrediu (quase que verbalmente, um rosnado do tipo "larga meu rabo, pirralho" ou "me deixa dormir, seu mala!!!"), ele já bateu carrinhos e cubos na cabeça da coitada... mas na essência a convivência é ótima.

Com a Trudy ele apredeu (na verdade, está aprendendo) a ter certos limites, a respeitar, e a se preocupar. Quando chega em casa e a encontra deitada - sem fazer festa -,  ele já logo pergunta: que foooooi, Tutuca??? (aqui em casa filho não tem apelido, cachorro tem)

Antes de dormir ele dá boa noite e mil beijos nela. E durante o dia, temos que pedir que ele a deixe dormir, porque ele quer abraçar e fazer carinho o tempo todo. É amor demais.
Diogo não fica doente - o que reforça a teoria de que animais de estimação fortalecem a imunidade. Diogo não maltrata animais. Aliás, creio que o contato com ela o fez olhar todos os animais com o mesmo amor. Gatos de rua, passarinhos e peixes. Até animais do zoológico. Para todos ele faz: ooooooooooh, que liiiiindo... Acho que aprendeu comigo, sei lá... rs
Mesmo assim, a Trudy é um animal. De vez em quando vejo na internet fotos de bebês em meio a pitbulls, e aquilo me dá um gelo na espinha. É importante a gente ter em mente que, por mais tranquilo que seja o animal, ele é um animal. Tem instintos e pode se rebelar. É preciso cautela, e o contato não pode ser simplesmente obrigatório. Alguns animais não aceitam contato com pessoas estranhas e/ou crianças. É o caso da gata que mora na casa dos meus sogros. Ela não aceita carinho de qualquer pessoa, e dependendo do dia morde todo mundo. Por isso, eu já ensinei ao Diogo que, nela, ele não pode fazer carinho. Que só com a mamãe (eu conheço a ferinha e sei quando ela está de bom humor, ele não).

Portanto, reforço: se você tem um animal de estimação e vai receber um bebê em casa, cuide para que a adaptação seja sem traumas. Uma boa dica é colocar o bebê em situações prazerosas para o animal: ofereça petiscos sempre que o bichinho chegar perto do bebê, leve para passear juntos, brinque com os dois ao mesmo tempo.



A vida de uma família é muito mais feliz com a chegada de um bebê, e pro animal essa chegada não deve ser traumática. Se tudo correr bem, você corre o risco de chorar de emoção toda vez que olhar o sofá e encontrar os dois dormindo juntos, ou assistindo ao desenho preferido. E se pegará pensando: como será quando meu bichinho morrer? Se antes a dor era só sua, agora é de vocês todos. Mas isso é uma outra história.

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